O direito à greve versus a direito a ir trabalhar
Filas intermináveis. De pessoas (à espera do autocarro) e de
carros (no trânsito). Este é o cenário que domina Lisboa. A causa? A greve do
metro.
Ah… mas todos têm direito à greve. É algo que está
assegurado na Constituição. Ok. Mas será que vale a pena fazer uma greve que
prejudica mais a população geral do que a empresa em causa? Principalmente porque
os utentes (sabem… as pessoas que compram os bilhetes, pagam os passes… sei lá,
que contribuem para o pagamento dos salários dos funcionários que estão em
greve) desconhecem o motivo da greve.
Há uma boa razão? Ninguém sabe. Se há o certo é que a
mensagem não está a passar. Se não há… o caso é bem mais grave.
Todos os dias milhares (ou milhões, não tenho a certeza do
número exacto) de pessoas utilizam os transportes públicos para ir trabalhar. Em
Lisboa ou em qualquer outra cidade de Portugal. Embora hoje o caso seja em
Lisboa. Pessoas essas que necessitam do seu salario para sobreviver. E cujos
patrões podem não ser solidários com os atrasos consequentes das greves.
Melhor ainda. Tem sido recorrente a realização das greves
depois de os passes já estarem comprados. Porque não antes? Porque não adoptar
outra linha de protesto? Porque o impedir as pessoas de irem trabalhar? Também têm
esse direito.
Porque é que hoje em dia há cada vez mais a política do “umbigo”?
O privilegiar o MEU direito face aos dos outros? O que a pessoas tendem a
esquecer é que o MEU direito acaba quando interfere com o direito dos outros. Isso
também acontece com as greves? Bem… depende da opinião e perspectiva de cada
um.
Na minha opinião sim. Assim como penso que há muitas pessoas que, por terem
empregos ainda considerados seguros, não fazem a mínima ideia de como é a
realidade. A verdadeira realidade. Mas é só uma opinião.
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